As situações passam e com elas a animação do momento. Tem vezes em que tudo o que queremos é que nada daquilo se repita e tudo seja esquecido, mas há ocasiões em que elas voltam. Nada pode ser totalmente perdido no tempo, nada. O passado volta quando menos esperamos.
Essa é a lei da vida, não é mesmo? É por isso que temos memórias e que ela não pode ser totalmente seletiva, certo? Ok, se for assim porque não me fizeram um animal irracional que não tem memória? Bom, por mesmo eles tem, ta ai o elefante* para comprovar a teoria.
Há pessoas que marcam e conseguem me ganhar. Tudo bem, a grande maioria acha (e tem até como comprovar) que eu sou uma chata sem sentimentos. Que sou durona demais, que não choro e que até mesmo nunca na vida senti algo realmente forte por alguém. Essa pessoas estão certas. Essa minha parte é a mais fácil de ver. É também a mais fácil de sentir. Humor ácido, negro, ironias e todos esses blá, blá, blá que dizem ao meu respeito. Mas poucos realmente sabem como eu sou.
Como diria a minha amiga Ciça no seu texto intitulado “ao pé do ouvido”: “.…..Queria muito aprender, mas não dá. Basta a pessoa contar uma história triste que eu digo senta aqui.” . Se chorar então, deu! Choro junto com a pessoa, ponho no colo, abraço e digo: “Vai passar”. Sou boba mesmo, ou como muitos diriam, trouxa. Acredito muito nas pessoas, muitas vezes não vejo que as pessoas querem me iludir e me passar pra trás. Mas esse meu lado ‘bobinha’ reconheço que são poucas pessoas que conhecem. Já não sou mais nenhuma criança. Além do mais, tenho que manter a minha fama de má e calculista.
Mas é por essas e outras que em algumas tardes de domingo entediantes, aquela historia lá do começo do texto volta. Recordo das pessoas que pela minha vida passaram e de alguma forma marcaram. Mas tem uma…. há essa será difícil de esquecer. Até porque, pelo o que vejo, eu estou sendo difícil de ser esquecida, também. Se não fosse um oceano de orgulho…… mas é melhor com ele existindo e nos separando. Não quero mais ser ‘bobinha’.
* em referência ao ditado popular: Memória de elefante.